Jardim da República
O terreno, onde hoje é o Jardim da República, foi cedido por João Soares de Albergaria de Sousa (presidente da Câmara de Velas, liberal 1796-1875). Era uma quinta, murada, com uma casa alta e plantação de laranjas. Entre 1867 e 1870 procedeu-se à arborização do terreno. A árvore mais imponente daquele conjunto era uma araucária, que atingiu proporções monumentais, mas que, em 1898, foi arrancada, construindo-se em seu lugar um coreto do qual o atual é, hoje, uma réplica. Este coreto construído em 1898, reinado de D. Carlos I, foi desde cedo foi palco de atividades culturais, nomeadamente de concertos musicais.
O Jardim da Praça da República ocupa o largo principal da vila de Velas, local onde em tempos se realizava o mercado da localidade. A regularização da antiga praça e a sua adaptação a jardim iniciou-se em 1836, quando a Câmara Municipal de Velas emitiu uma deliberação no sentido do arranjo urbano daquele espaço. Esse documento obrigava "os porcos do concelho a andarem com anel no focinho e a não atravessarem a praça". Depois, vieram as plantações de árvores já em meados do século; a iluminação em 1899; os arranjos dos canteiros e outras decorações em pedra queimada, bem como os muros e gradeamentos nos inícios do século XX.